domingo, 26 de julho de 2009


Ele pensa, imagina e até vê
Mas só crê quando sente
Aquele negócio perturbador
Inquietador e perfurante
Que esfacela qualquer semblante
Dele mesmo que aguarda
De longe a velha esperança
Que já imprimia mau presságio
Contudo... Dizia-se: “esperança”

Num nexo faltante, como num rodeio delirante
O conflito incessante de pensamentos
Na pobre cabeça, violento
E essa mais pesada a cada dia

No estrume e entre botas
É lá mesmo que se encontram
Todos aqueles que sentiram e sentem
O nascer das mesmas dúvidas
Da sorte que não chegou
Da burrice que não cessou

Regurgita agora o que te feriu
Mas não faça como seu semelhante
Reconduzindo tudo de volta
O que lhe trouxe agonia, por favor, não!
Lave seu cérebro, enxugue a alma, apare as pontas...
Mude o visual
Quem sabe assim fica diferente
Sem essa aparência animal
...
Cuerno!

George F. Gregório da Silva

Um comentário:

Dara. disse...

Que poesia hein, seu Georoge ?? auhauhuhua me enganou, achei q ia ser uma coisa e no final foi outra, gostei, bme ironica xD