segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Sobra... Sobras...

Querer saber é meu defeito
Meus sobejos? Talvez a minha essência
Sobras de água... Enquanto sobra a sede e a certeza
De saber do que se mostra forte, de saber o que se põe na mesa
O frágil sobe as esquinas, e não acha o que não procura, sempre morre na vila triste
A vila mesma, aquela escura
Sem vontade ou sem clareza
Da mais pura nobreza, da que ninguém nunca lhe ensinou...
Se coloca aos pés dos outros que lhe dizem com certeza:
“ter sorte é sua esperança!”... POIS... “falta d’água, sobra sede”... “sobras d’água e sobra sede...”
Morre em pé o displicente, que por não querer saciar-se, desnutre-se.
Do outro que da água vai atrás, falta mais, mais do que querência
E apesar de sobrar vontade de experiência, o que não quer saber acaba descobrindo...
Pois falta água e sobra sede...
Incoerentemente...
Em um mesmo mundo que sobras para muitos, sobra para poucos...

George Freitas Gregório da Silva – 09/11/2009

Um comentário:

Lainha disse...

O que dizer???
Fico burrraaa para as palavras quando leio algo assim, tão profundo e tão belo.
Poucos tem essa maneira sútil de colocar as palavras e fazer-nos deliciar num texto que por um momento imaginamos vivenciar aquilo que está escrito. Aquele grito guardado de que sempre(uma merda), mas existirão sobras e sedes.
Que venha água em abundancia!!!

Lindo!!Bjo

Lainha.

ps:quero mais hein!